"Escondo-me em qualquer lugar dentro das infinitas possibilidades das palavras,
em seus altares devassos, em seus inferninhos divinos, onde o ponteiro do relógio
move-se na direção dos meus pensamentos" Cláudia Magalhães - Espetáculo Entre Nós
Sou um poço de segredos
Muitos me contam os seus
Mas são poucos os que me lembro
Parece parte da memória seletiva que tenho
Responsável por só trazê-los em momento oportuno
Assim, não ficam ecoando em minha mente à toa
Meus segredos não são muitos
Mas minhas histórias públicas menos ainda
Os conto às paredes
Ou os escondo em algum texto
E no final das contas todos sabem e não sabem
A mistura de realidade distorcida com ficção
Gera a incerteza sobre a veracidade dos fatos
E a cada personagem busca-se uma nova pessoa real
- Esses traços são de fulana, não são?
- Mas ele a conhece?
- Sei lá, pelo visto sim.
- Ou será que é cicrana?
- Parece também, né?
- Mas é mais a personalidade.
O verdadeiro poeta fingi fingir o que senti
O verdadeiro poeta fingi o que senti
O verdadeiro poeta fingi
O verdadeiro poeta senti
O verdadeiro poeta o
O verda...
O verda...
O verda...
O veda!
O texto o liberta!
VARCELLY
domingo, 25 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O aquário
Eram vários os empecilhos
Ou na verdade talvez fosse só um
Eu que o encontrara por diversas vezes
Uma opção em potencial
Chamava-me muito a atenção,
Porém, durante um bom tempo
Considerei insuficiente minha força para tanto
Cheguei a nadar decidido
Ia, ia, ia
E assim que meu rosto aflorava da água
Minhas forças sumiam
O ar frio era incomodo e desestimulador
E o aparente ar quente das alturas
De onde vinha a luz
Não parecia ser seguro suficiente
Depois de uma nova tentativa frustrada
Sempre procurava todas as velhas opções
Demorava-me em algumas,
Pensando está vendo algo novo,
Como um detalhe que deixara esquecido
Não, não havia nada de novo
A única opção era a que sempre foi primeira
Estava decidido!
Enquanto pensava nos meios de me fortalecer para tanto
Comecei a nadar em círculos
Quanto mais pensava mais rápido ia
Esquecendo dos movimentos, acelerava sem querer
E assim, quando pensei ter acho a solução me vi num redemoinho
Criado por minha própria força
Esse era de fato a solução
Nadei exaustivamente contra o ciclone
Fortalecendo meus músculos e pensamentos
Deixei-me ainda levar pela correnteza
Não por falta de vontade, mas para intensificá-la
Já que minhas investidas contra ela a enfraqueciam
Passados alguns meses tudo parecia pronto
O limiar da água parecia muito mais próximo
Desci até o fundo do aquário
Preparei-me
Era agora
Descarreguei toda a força adquirida nos treinos
Meu corpo estava leve, meus olhos com um brilho diferente,
O meu esforço nada se comparava ao das primeiras tentativas
Atravessei com o rosto a barreira da água
O vento frio tocou-me e me feriu
Ignorei, pois frear a essa altura era impossível
Cada grupo de escamas foi saindo da água
Não conseguia respirar
Cruzei o ar frio
Um ar quente e acalentador me envolveu
Não sabia ao certo se já havia voltado a respirar ou não
Pouco importava diante da magnífica sensação
De está nos céus envolto por esse ar
O impulso que me lançara aos céus acabou
Senti minha altitude estabiliza e em seguida decrescer
Fui acelerado fortemente em direção as águas
Havia saltado só para cima, minha trajetória foi igual na descida
Entrei pelo mesmo buraco que deixara na água
As águas agora eram outras
Não me prendiam
Não me inferiorizavam
Pois mais e melhor do que antes
Eu me tornara
E sabia que podia deixar as águas em direção aos céus a qualquer momento.
VARCELLY
Ou na verdade talvez fosse só um
Eu que o encontrara por diversas vezes
Uma opção em potencial
Chamava-me muito a atenção,
Porém, durante um bom tempo
Considerei insuficiente minha força para tanto
Cheguei a nadar decidido
Ia, ia, ia
E assim que meu rosto aflorava da água
Minhas forças sumiam
O ar frio era incomodo e desestimulador
E o aparente ar quente das alturas
De onde vinha a luz
Não parecia ser seguro suficiente
Depois de uma nova tentativa frustrada
Sempre procurava todas as velhas opções
Demorava-me em algumas,
Pensando está vendo algo novo,
Como um detalhe que deixara esquecido
Não, não havia nada de novo
A única opção era a que sempre foi primeira
Estava decidido!
Enquanto pensava nos meios de me fortalecer para tanto
Comecei a nadar em círculos
Quanto mais pensava mais rápido ia
Esquecendo dos movimentos, acelerava sem querer
E assim, quando pensei ter acho a solução me vi num redemoinho
Criado por minha própria força
Esse era de fato a solução
Nadei exaustivamente contra o ciclone
Fortalecendo meus músculos e pensamentos
Deixei-me ainda levar pela correnteza
Não por falta de vontade, mas para intensificá-la
Já que minhas investidas contra ela a enfraqueciam
Passados alguns meses tudo parecia pronto
O limiar da água parecia muito mais próximo
Desci até o fundo do aquário
Preparei-me
Era agora
Descarreguei toda a força adquirida nos treinos
Meu corpo estava leve, meus olhos com um brilho diferente,
O meu esforço nada se comparava ao das primeiras tentativas
Atravessei com o rosto a barreira da água
O vento frio tocou-me e me feriu
Ignorei, pois frear a essa altura era impossível
Cada grupo de escamas foi saindo da água
Não conseguia respirar
Cruzei o ar frio
Um ar quente e acalentador me envolveu
Não sabia ao certo se já havia voltado a respirar ou não
Pouco importava diante da magnífica sensação
De está nos céus envolto por esse ar
O impulso que me lançara aos céus acabou
Senti minha altitude estabiliza e em seguida decrescer
Fui acelerado fortemente em direção as águas
Havia saltado só para cima, minha trajetória foi igual na descida
Entrei pelo mesmo buraco que deixara na água
As águas agora eram outras
Não me prendiam
Não me inferiorizavam
Pois mais e melhor do que antes
Eu me tornara
E sabia que podia deixar as águas em direção aos céus a qualquer momento.
VARCELLY
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
Doroti
É tão bela
Vive a contemplação da vida
Porém, mais encontrada do que eu
É como se ela tivesse leme
E eu nem ao menos quilhas
Descobri a pouco, que navego no encontro das águas dulcícolas com o mar
Onde os fluxos são diversos.
Na tentativa de segui-los ao mesmo tempo
Fujo para a inércia de meu antigo cômodo
Onde percorri tantas vezes os caminhos superficialmente
Que me sinto prepotente, cansado e tranqüilo
Por fim,
Como o peixe num rio seco
Estou fadado à lama
A Doroti, Doroti
Quando aprenderei a ser como você
VARCELLY
Vive a contemplação da vida
Porém, mais encontrada do que eu
É como se ela tivesse leme
E eu nem ao menos quilhas
Descobri a pouco, que navego no encontro das águas dulcícolas com o mar
Onde os fluxos são diversos.
Na tentativa de segui-los ao mesmo tempo
Fujo para a inércia de meu antigo cômodo
Onde percorri tantas vezes os caminhos superficialmente
Que me sinto prepotente, cansado e tranqüilo
Por fim,
Como o peixe num rio seco
Estou fadado à lama
A Doroti, Doroti
Quando aprenderei a ser como você
VARCELLY
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Opinião
Ok. kkkkkkkkkk desisto de opiniões por escrito. São chatas mesmo de fazer. Vou
adotar agora um sistema de "emoticon" daí vc pode classificar os textos a seu gosto.
E eu posso interagir mais com vocês no tocante a direção das produções. hehehe
Abraço
adotar agora um sistema de "emoticon" daí vc pode classificar os textos a seu gosto.
E eu posso interagir mais com vocês no tocante a direção das produções. hehehe
Abraço
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