domingo, 25 de outubro de 2009

Poço de segredos

"Escondo-me em qualquer lugar dentro das infinitas possibilidades das palavras,
em seus altares devassos, em seus inferninhos divinos, onde o ponteiro do relógio
move-se na direção dos meus pensamentos" Cláudia Magalhães - Espetáculo Entre Nós


Sou um poço de segredos
Muitos me contam os seus
Mas são poucos os que me lembro
Parece parte da memória seletiva que tenho
Responsável por só trazê-los em momento oportuno
Assim, não ficam ecoando em minha mente à toa

Meus segredos não são muitos
Mas minhas histórias públicas menos ainda
Os conto às paredes
Ou os escondo em algum texto
E no final das contas todos sabem e não sabem

A mistura de realidade distorcida com ficção
Gera a incerteza sobre a veracidade dos fatos
E a cada personagem busca-se uma nova pessoa real

- Esses traços são de fulana, não são?
- Mas ele a conhece?
- Sei lá, pelo visto sim.
- Ou será que é cicrana?
- Parece também, né?
- Mas é mais a personalidade.

O verdadeiro poeta fingi fingir o que senti
O verdadeiro poeta fingi o que senti
O verdadeiro poeta fingi
O verdadeiro poeta senti
O verdadeiro poeta o
O verda...
O verda...
O verda...
O veda!

O texto o liberta!



VARCELLY

3 comentários:

  1. uma boa explicação aos curiosos sobre o quão reais são os seus textos...

    Beijos!

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  2. Então tudo que foi dito pode ter sido uma mentira. Isso talvez possibilite à verdade ser algo muito mais bonito do que o que você se deixou mostrar ou algo muito inferior. Os sentimentos mais nobres devem ser os que estão bem escondidos, não é? Eu prefiro pensar assim. Mas quem vai saber, não é? Somente você.

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  3. mar menino..."pressione o autor" o nome dos últimos comentários.kkkkkkkkkkk ^^

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