Debaixo do cobertor existe um mundo
Onde os pensamentos, ventos uivantes, estremecem o corpo inteiro
Onde o frio ametabólico
Estreita os olhos e a face
Criando as linhas nas quais são escritos os versos de desamparo, de desespero
Do alto do Monte do Travesseiro
Nasce o rio que acalenta as feições
E aquece os pensamentos,
cessando os calafrios como as manhãs
O calor das suas águas é tão intenso e volumoso
Que nos obriga a contorna a montanha para descansar do seu encontro
E assim recobrar as feições
Antes de se descobrir coberto.
Varcelly
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