quinta-feira, 14 de maio de 2009

O processo poético

Tenho termos encravados em meu rosto
Outros escritos em minha pele
Alguns pairando na minha frente como uma espécie de aura
Eles são os escritores

Não pego papel e lápis
e escrevo poesias e textos com palavras oriundas de meus pensamentos
Isso é poesia comercial.
Algum bom manipulador do português querendo ganhar alguns trocados
com seu tecnicismo e racionalismo

Pego o papel e coragem e os esfrego em mim
imprimindo cada uma das letras aqui presentes
Muitas vezes o processo é traumático e termino repleto de escaras

A princípio o papel recebe os termos da aura
ao adentrar a esfera minha detentora de tantos outros universos
Depois, de acordo com o tema pré-escrito pela aura escorre por regiões da pele

Se o texto é sobre ti ,o musa ainda invisível,
a folha flutua em volta de meu pescoço,subindo pelos meus cabelos,
passando sorrateiramente pelo canto da minha boca até me desconstruir
com um beijo inviolável e adentrar meus pensamentos

Vê é o processo inverso.A poesia me consome o corpo,o desejo,os movimentos,
os ares,os males e por fim chega aos pensamentos

É uma dança mágica que me deixa mais próximo de ti
Mesmo sabendo que não sabes ao certo quem sou
E nem eu quem és

Em nosso último encontro...
Bebemos vinho
Descansavas à cabeça em meu peito
enquanto eu trançava e dançava meus dedos em teus cabelos
A tua calma era oriunda do conforto e calor do meu corpo
e esses oriundos da tua presença


VARCELLY

ps:agradecer a Jota por ter guardado o meu texto.
Com a formatação do pc o teria perdido.Obrigado Jota.

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